Considerada uma condição de grande complexidade, este transtorno atinge a saúde mental e gera, dentre outros sinais, um padrão persistente de grandiosidade. Em outras palavras, tais indivíduos acreditam que têm superioridade em relação às outras pessoas. Além disso, buscam admiração excessiva e não apresentam empatia pelos outros.
Os narcisistas podem estabelecer formas insalubres de relacionamento. Embora não haja consenso sobre as causas exatas do transtorno, sabe-se que este pode decorrer de condições genéticas, bem como de fatores relacionados ao ambiente. Neste último caso, verifica-se que estes se referem à formação do indivíduo até que se torne adulto.
Há maior prevalência de casos entre indivíduos do sexo masculino ou em quem atravessou abusos quando eram crianças. Relacionamentos conturbados com os próprios pais ou outros familiares próximos também são ocorrências frequentes na realidade de quem apresenta o transtorno.
Há uma ampla gama de sintomas do transtorno de personalidade narcisista, que podem comprometer tanto a vida do paciente, quanto as de outras pessoas que convivem com ele.
É importante pontuar que os sinais e sintomas são observados conforme a gravidade de cada caso. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria, pessoas com transtorno de personalidade narcisista podem apresentar:
Os sintomas apresentados pelos narcisistas nem sempre são os mesmos. Na atualidade, admite-se que há duas classificações para o mesmo transtorno, de forma que o tratamento é realizado conforme cada tipo apresentado.
O primeiro tipo de narcisismo é o “grandioso”, em que os pacientes podem demonstrar arrogância, bem como aspectos de dominação e comportamento extrovertido. Tais indivíduos também são conhecidos pela elevada autoestima e aparente felicidade.
Já no outro transtorno de personalidade narcisista, conhecido como “vulnerável”, o paciente apresenta autoestima baixa, timidez e insegurança. A ansiedade é um traço frequente em indivíduos que se enquadram nesta classificação, bem como a depressão e a sensibilidade exacerbada frente às críticas que venham a receber.
O que há de comum nos dois tipos de narcisistas é o fato de que apresentam grande egoísmo, uma vez que se consideram especiais, indo em busca de bajulação.
Para que o diagnóstico seja realizado, o médico especialista levará em conta a existência de um padrão comportamental persistente e que, ao menos duas áreas do comportamento, sejam afetadas. Dessa forma, o indivíduo apresentará manifestações no controle de impulsos e funcionamento interpessoal, nas áreas correspondentes à afetividade e cognição.
O paciente é avaliado em termos de prejuízos em aspectos profissionais, assim como em outros campos da vida. De modo geral, boa parte do conjunto de sinais e sintomas tende a surgir no início da adolescência ou quando o indivíduo se torna adulto.
Ao longo da consulta, o psiquiatra fará a verificação se o paciente apresenta o conjunto de critérios preconizados pelo DSM-5. Vale salientar que os comportamentos típicos deste transtorno podem ocorrer em contextos variados do cotidiano do indivíduo.
Outras condições e transtornos podem se assemelhar a este, como a bipolaridade, borderline de personalidade histriônica, justamente por alguns sintomas similares.
À primeira vista, o indivíduo narcisista não apresenta grandes diferenças de outro que não tenha o transtorno. Qualquer que seja a situação, entretanto, a pessoa narcisista espera receber grande atenção, até mesmo em situações corriqueiras.
Pelo fato de não medirem as consequências quando estão em busca de seus objetivos, os indivíduos narcisistas geram grande sofrimento a quem convive próximo a eles.
O tratamento é iniciado, em muitos casos, quando o paciente procura atendimento médico por outras razões, como depressão, insônia e abuso de bebidas alcoólicas, por exemplo.
Tão logo o diagnóstico seja realizado, haverá a recomendação para psicoterapia. Neste caso, as mais indicadas e eficazes costumam ser a psicodinâmica e a terapia cognitivo-comportamental. Em determinados casos, o especialista prescreverá medicações a fim de tratar depressão, ansiedade ou outras comorbidades.
Caso não busquem tratamento, os indivíduos com este transtorno poderão apresentar complicações, tais como isolamento social, ideação suicida, relacionamentos inconsistentes e caóticos, bem como problemas profissionais e outros.
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